Há muitos séculos que a sardinha faz parte do cotidiano português e está presente “à nossa mesa”. Além de ser uma importante fonte de proteínas e nutrientes, ela pode ser cozinhada de diversas formas e até fazer parte da indústria conserveira.
Na Idade Média, era cozinhada em caçarolas com cebola, tomate e especiarias. Já no século XVIII, a técnica da salga tornou-se popular para conservar a sardinha, o que permitiu a sua exportação para outros países.
A partir do século XIX, as sardinhas são normalmente grelhadas, tradicionalmente durante os meses de verão.
Há quem goste de confecionar quiches, sopas de sardinha, cozidas, assadas no forno, de escabeche… É quase como o bacalhau!
Em Portugal, só falta mesmo caírem sardinhas do céu. Muitas coisas acontecem em redor desta espécie: tudo se passa à volta do assador; não queremos saber dos garfos, elas são retiradas à mão, muitas vezes, ainda em brasa. Vai de chupar os dedos. Outras vezes, é no meio da rua, nas festas, noutros lugares. E até nos santos populares.
Temperos? Só mesmo sal grosso! O cheiro não disfarça. chega a todo o lado e até à roupa. O cheiro, esse, é inigualável e também indisfarçável.
Acompanhamos as sardinhas com batatas cozinhas, pimentos assados, tomate, pepino e… A forma de as comermos é simples e só nós o fazemos. Até as comemos em cima de uma fatia de pão. O bom azeite é fundamental.
Por que motivo, em Portugal, também se gosta de comer a sardinha no pão?
Julga-se que tudo terá começado num restaurante, em Lisboa, que servia sardinhas em cima de uma fatia de pão
Só a partir da Idade Média é que se começou a usar uma pequena placa de madeira – “o talhador” – onde se punha a comida, até essa época era em cima de pedaços de pão que se comia o peixe e a carne.
Mais tarde, quando o uso dos pratos se tornou habitual, o povo continuou a comer as suas refeições em cima de fatias ou bocados de pão.
By Pedro Nogueira Simões e Mário Gonçalves
In Revista Livros & Leituras, El Obrero (em espanhol) e Chef Mário - My kitchen Blog
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